SÓ PARA NAO ESQUECER ALGUNS NOMES E FATOS: VOTE EM QUEM QUEM SABE SUSTENTAR UMA MENTIRA E DEPOIS CHORA "ARREPENDIDO"
Jader, Nicolau, Arruda, Estevão e ACM
São Paulo – Acusado de envolvimento no escândalo das obras da nova sede do TRT paulista, o senador Luiz Estevão (PMDB-DF) teve o seu mandato cassado em 28 de junho do ano passado, em votação secreta no Senado. No mesmo dia da votação, o Estado de S. Paulo publicava um levantamento indicando que pelo menos 48 senadores deveriam votar a favor da cassação.
Nem mesmo o PMDB esteve unido na defesa de Estevão. O PFL fechou questão pela cassação, mas o PSDB optou por uma atuação discreta para não comprometer a aliança com o PMDB para a escolha dos futuros presidentes da Câmara e do Senado. No centro da discussões, estavam – como ainda estão – os senadores Jader Barbalho (PMDB-PA) e Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA). Tanto quanto o mandato de Estevão, estava em jogo a sucessão de ACM na presidência do Senado.
O destino político de Estevão foi selado em quatro horas de sessão secreta e protegida por um rigoroso esquema de segurança montado. Ao final, 52 senadores votaram pela perda do mandato e 18 contra – com 10 abstenções. "O Senado sofreu bastante, ninguém cassa mandato com satisfação; mas escolheu certo e optou pela ética, pela decência", comentou ACM.
Um dia após ter o seu mandato cassado, Luiz Estevão foi "preso pela Polícia Federal". Não por causa do seu envolvimento com o juiz Nicolau, mas por "gestão" fraudulenta de um consórcio em Brasília, um dos 20 inquéritos a que Estevão respondia na Justiça na época.
A cassação reforçou as divergências entre ACM e Jader. A avaliação era de que o senador baiano havia conquistado uma vitória, mas que o seu rival, Jader Barbalho, mantinha chances de vir a suceder ACM no comando do Senado.
Envolta em denúncias mútuas e por um baixo nível até então jamais visto na história do Senado, a eleição realizada em 14 de fevereiro confirmou as previsões. Na disputa mais acirrada da história das sucessões do Congresso, o presidente e líder do PMDB, Jader Barbalho (PA), foi eleito sucessor de ACM na presidência do Senado. A parceria bem-sucedida entre o PSDB e o PMDB deu a Jader 41 dos 81 votos do Senado.
Pela primeira vez, o PFL estava alijado do poder, Jader e ACM continuaram trocando farpas e acusações mútuas de corrupção, mas o episódio em si da cassação do mandato de Luiz Estevão só retornou às manchetes dos jornais no dia 22 de fevereiro, quando uma edição antecipada da revista IstoÉ revelava o teor de uma conversa do senador Antônio Carlos Magalhães com três procuradores da República em Brasília. Na conversa, entre outros aspectos explosivos, ACM teria afirmado possuir a lista com os votos de cada senador na sessão secreta que resultou na perda do mandato de Estevão.
Com a revista nas bancas, Jader Barbalho determinou a instauração de um inquérito para apurar a vulnerabilidade ou não do painel eletrônico usado para votações secretas no plenário do Senado. Depois, mandou lacrar o painel e determinou que eventuais votações secretas fossem realizadas por meio de cédulas até que o inquérito que apuraria possíveis violações fosse concluído.
A perícia no painel ficou a cargo de técnicos da Unicamp. No relatório, entregue ao Senado no dia 27 de março, os peritos concluíram que o sistema de votação do Senado era passível de fraudes e identificaram 18 pontos de "vulnerabilidade" na estrutura do painel eletrônico. Eles não conseguiram comprovar, no entanto, a suspeita de que foi retirada uma lista do sistema com os votos da sessão secreta que aprovou a cassação de mandato do senador Luiz Estevão (PMDB-DF).
A confirmação de que isso havia ocorrido, no entanto, veio em 17 de abril, quando o presidente do Senado, Jader Barbalho, anunciou oficialmente o resultado do trabalho de uma comissão interna de investigação. Além dos laudos técnicos, a peça mais importante do relatório foi o depoimento de uma ex-diretora do Centro de Processamento de Dados de Senado, confessando ter violado o painel eletrônico no dia da votação da perda de mandato do senador Luiz Estevão. De acordo com o depoimento, o trabalho teria sido executado a pedido do senador José Roberto Arruda (PSDB-DF), que, por sua vez, teria recebido a orientação do senador Antonio Carlos Magalhães.
http://www.estadao.com.br/ext/especiais/crise.htm
São Paulo – Acusado de envolvimento no escândalo das obras da nova sede do TRT paulista, o senador Luiz Estevão (PMDB-DF) teve o seu mandato cassado em 28 de junho do ano passado, em votação secreta no Senado. No mesmo dia da votação, o Estado de S. Paulo publicava um levantamento indicando que pelo menos 48 senadores deveriam votar a favor da cassação.
Nem mesmo o PMDB esteve unido na defesa de Estevão. O PFL fechou questão pela cassação, mas o PSDB optou por uma atuação discreta para não comprometer a aliança com o PMDB para a escolha dos futuros presidentes da Câmara e do Senado. No centro da discussões, estavam – como ainda estão – os senadores Jader Barbalho (PMDB-PA) e Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA). Tanto quanto o mandato de Estevão, estava em jogo a sucessão de ACM na presidência do Senado.
O destino político de Estevão foi selado em quatro horas de sessão secreta e protegida por um rigoroso esquema de segurança montado. Ao final, 52 senadores votaram pela perda do mandato e 18 contra – com 10 abstenções. "O Senado sofreu bastante, ninguém cassa mandato com satisfação; mas escolheu certo e optou pela ética, pela decência", comentou ACM.
Um dia após ter o seu mandato cassado, Luiz Estevão foi "preso pela Polícia Federal". Não por causa do seu envolvimento com o juiz Nicolau, mas por "gestão" fraudulenta de um consórcio em Brasília, um dos 20 inquéritos a que Estevão respondia na Justiça na época.
A cassação reforçou as divergências entre ACM e Jader. A avaliação era de que o senador baiano havia conquistado uma vitória, mas que o seu rival, Jader Barbalho, mantinha chances de vir a suceder ACM no comando do Senado.
Envolta em denúncias mútuas e por um baixo nível até então jamais visto na história do Senado, a eleição realizada em 14 de fevereiro confirmou as previsões. Na disputa mais acirrada da história das sucessões do Congresso, o presidente e líder do PMDB, Jader Barbalho (PA), foi eleito sucessor de ACM na presidência do Senado. A parceria bem-sucedida entre o PSDB e o PMDB deu a Jader 41 dos 81 votos do Senado.
Pela primeira vez, o PFL estava alijado do poder, Jader e ACM continuaram trocando farpas e acusações mútuas de corrupção, mas o episódio em si da cassação do mandato de Luiz Estevão só retornou às manchetes dos jornais no dia 22 de fevereiro, quando uma edição antecipada da revista IstoÉ revelava o teor de uma conversa do senador Antônio Carlos Magalhães com três procuradores da República em Brasília. Na conversa, entre outros aspectos explosivos, ACM teria afirmado possuir a lista com os votos de cada senador na sessão secreta que resultou na perda do mandato de Estevão.
Com a revista nas bancas, Jader Barbalho determinou a instauração de um inquérito para apurar a vulnerabilidade ou não do painel eletrônico usado para votações secretas no plenário do Senado. Depois, mandou lacrar o painel e determinou que eventuais votações secretas fossem realizadas por meio de cédulas até que o inquérito que apuraria possíveis violações fosse concluído.
A perícia no painel ficou a cargo de técnicos da Unicamp. No relatório, entregue ao Senado no dia 27 de março, os peritos concluíram que o sistema de votação do Senado era passível de fraudes e identificaram 18 pontos de "vulnerabilidade" na estrutura do painel eletrônico. Eles não conseguiram comprovar, no entanto, a suspeita de que foi retirada uma lista do sistema com os votos da sessão secreta que aprovou a cassação de mandato do senador Luiz Estevão (PMDB-DF).
A confirmação de que isso havia ocorrido, no entanto, veio em 17 de abril, quando o presidente do Senado, Jader Barbalho, anunciou oficialmente o resultado do trabalho de uma comissão interna de investigação. Além dos laudos técnicos, a peça mais importante do relatório foi o depoimento de uma ex-diretora do Centro de Processamento de Dados de Senado, confessando ter violado o painel eletrônico no dia da votação da perda de mandato do senador Luiz Estevão. De acordo com o depoimento, o trabalho teria sido executado a pedido do senador José Roberto Arruda (PSDB-DF), que, por sua vez, teria recebido a orientação do senador Antonio Carlos Magalhães.
http://www.estadao.com.br/ext/especiais/crise.htm
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